quarta-feira, 18 de julho de 2012

Zoo de Lujan - Argentina


Este assunto despertou minha curiosidade!

Uma leitora (fofa!) do blog, em meio aos posts sobre Buenos Aires, me perguntou sobre o Zoológico  de Lujan, localizado a 70 Km da cidade argentina.
Como não havia visitado, fui pesquisar detalhes e me deparei com um assunto interessante e sobretudo polêmico!

Na entrada, coleção de carros antigos do proprietário


A característica do lugar, apesar de ser um zoo pequeno, é que os visitantes podem entrar nas jaulas dos animais, acariciá-los e alimentá-los, sempre em companhia de um instrutor.

Assim, o meu despertar curioso encontrou muitas opiniões sobre o local. Alguns visitantes descrevem como sendo um lugar mágico e único pela experiência ao ter contato (bem de perto) com animais selvagens,  inclusive alimentando-os; outros como desrespeitoso aos animais e perigoso.

Visitante alimenta urso


Daí pergunto: é possível domesticar espécies predadoras como leões, tigres e ursos sem sedativos, e colocá-los em contato direto com o público de forma que ninguém corra risco??

Baseado então em diversas reportagens vou resumir para não ficar chato de ler!

O lugar existe desde 1994 e os primeiros animais faziam parte da coleção pessoal do dono, Jorge Alberto Semino. Com o tempo, Semino foi agregando novos exemplares, muitos vindos de doações e resgaste de circos etc e, hoje, um terreno de 15 hectares abriga jaulas e setores arborizados, onde os visitantes podem, inclusive, passar o dia e fazer churrasco, além de interagir com os animais.

Visitantes passam o dia no zoo


Muitos visitantes descreveram em suas visitas que os animais estão constantemente "dopados", vistos sonolentos durante o dia. A direção nega uso de medicamentos e explica que os felinos predadores têm hábitos noturnos e por isso dormem durante o dia.

Tigre dormindo na jaula


O grande "X" é: como esses animais permitem ser acariciados e ficam passivos e dóceis a todo instante?

Visitantes acariciam felinos


Santiago Semino, coordenador do zoológico, diz que os tratadores estão em contato com os animais desde que eles nascem e sabem ler suas reações e humores, o que evitaria acidentes.

Diz que os felinos do zoológico são todos nascidos em cativeiro e criados desde pequenos, de forma a perder seu instinto predador e de competitividade, além de serem criados junto com cães e tratados como tais. 

Filhote


Nos primeiros 100 meses de vida diz ser preciso incorporar todos os costumes de convivência pacífica, trabalhando com as mãos e ensinando o animal a diferenciar o que é comida da mão do cuidador.

Dessa forma, se tornariam bichos mansos, quietos e aptos a manter contato com os humanos.

Visitantes acariciam filhote de leão


Algumas técnicas, como recompensá-los por bom comportamento (os tratadores em Lujan o fazem quando dão leite aos felinos) e tratar animais adultos como se ainda fossem filhotes, os fazem ficar mais tranquilos e tolerar melhor o contato com pessoas.


Visitantes com filhote no colo


“Nós damos a possibilidade de seres humanos terem uma relação com os animais. Esse tipo de prática é muito nova, começou a ser estudada na década de 1950, e mostra que algumas espécies podem ter seu comportamento modificado. Esses animais são nascidos em cativeiro e não podem voltar para a natureza, já perderam seus instintos. Há duas possibilidades: que eles fiquem dentro das jaulas e os visitantes do lado de fora, ou que as pessoas entrem, façam fotos, vídeos e os conheçam de perto”, diz Santiago Semino.

Visitantes aguardam para entrar em jaula de animais


Especialistas em  animais selvagens explicam que a domesticação é um processo longo, leva várias gerações para a seleção genética (como aconteceu com cães e gatos ao longo de milhares de anos). O que acontece em Lujan são treinamentos e condicionamentos comportamentais. Segundo eles, os animais, por mais dóceis e bem tratados que pareçam, continuam selvagens e não perdem seus instintos, não significando que a história evolutiva da espécie foi rompida. Entendem que este condicionamento é possível, porém ainda com risco de “acidentes” (o zoo diz que os animais dali não representam risco algum....)

Até hoje, não há relatos de ataques a visitantes no zoológico!

Fontes:

http://www.zoolujan.com/
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente

5 comentários:

  1. Duvido, isso é coisa de argentino fanfarrão charlatão!

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  2. Interessante, no mínimo pitoresco...
    Gustavo

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  3. Pra falar a verdade não sei o que pensar!

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  4. De qualquer forma acho um lugar interessante para conhecer e tirar suas próprias conclusões quando visitar a Argentina

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  5. Concordo! Nada melhor do que conhecer!!

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